Startup Lisboa assinala 10 anos com tributo à comunidade empreendedora

Startup Lisboa assinala 10 anos com tributo à comunidade empreendedora

A 2 de fevereiro de 2012 nascia na Rua da Prata, número 80, a Startup Lisboa - a incubadora que prometia recriar na cidade um ecossistema empreendedor à imagem dos melhores hubs internacionais, acelerando e potenciando o crescimento de negócios inovadores, e atraindo e afirmando o talento nacional e internacional. Maturidade, inovação, talento, investimento e internacionalização são as palavras que marcam a história da primeira década da incubadora.

Fundada a partir do Orçamento Participativo de Lisboa, pela Câmara Municipal de Lisboa, Associação Mutualista Montepio e IAPMEI, a Startup Lisboa constituiu-se como uma associação privada sem fins lucrativos e com uma missão muito clara que se mantém até hoje: ajudar as startups nos seus primeiros anos de vida a desenvolverem-se, a escalarem e a atraírem investimento. 

“A Startup Lisboa está de parabéns, e a comunidade é a principal responsável pelo sucesso deste projeto, que se mede pelas conquistas do ecossistema que criámos e trabalhamos para alimentar. A nossa missão é a de edificar um ecossistema empreendedor vivo e dinâmico, e são os protagonistas [empreendedores, startups, parceiros, investidores] que merecem os parabéns. A nós cabe-nos adequar o trabalho às suas necessidades, manter-nos relevantes e, enquanto formos procurados por startups e outros players, é sinal de que estamos a inovar e a fazer um bom trabalho”, refere Miguel Fontes, diretor executivo da Startup Lisboa. É este agradecimento à comunidade que dá o mote ao vídeo que assinala os 10 anos da incubadora.

Dez anos após a sua fundação, a Startup Lisboa soma já mais de 400 startups incubadas, selecionadas de um universo de mais de 4.500 candidaturas, e mais de 250 projetos apoiados nos diferentes programas de aceleração e outras iniciativas. No total representam mais de 4.500 postos de trabalho criados, métrica que registou um crescimento de 200% nos últimos cinco anos.

A internacionalização da comunidade é também um dos fatores a realçar, com 37% das startups apoiadas sendo compostas por equipas mistas ou estrangeiras na sua totalidade: “O ecossistema empreendedor de Lisboa é cada vez mais cosmopolita e internacional e os números de startups lideradas por fundadores estrangeiros que procuram a capital para desenvolver e expandir os seus negócios são a melhor expressão disso”, sublinha Miguel Fontes. 

Também os investidores internacionais passaram a dar mais atenção à cidade, com investimentos significativos no portfólio da Startup Lisboa: “O investimento angariado pelas startups incubadas mais do que quadruplicou em cinco anos, face aos primeiros cinco de vida”, segundo Miguel Fontes. Hoje regista-se um global de 340 milhões de euros em capital de risco levantado pelas startups da incubadora, volume que em 2017 (quando a incubadora completava cinco anos) se fixava nos 80 milhões de euros angariados pelas startups incubadas à data. 

Ao nível da sobrevivência das startups, 70% das residentes da incubadora continuam ativas - o que contraria as estatísticas médias globais que apontam para a “morte” de nove em cada 10 startups -, e 5% fizeram ‘exit’ (quando um ou mais fundadores decidem vender a sua quota).

Em retrospectiva, Miguel Fontes refere que, “passados” 10 anos, Lisboa tem um dos ecossistemas mais vibrantes e com maior potencial de crescimento em termos internacionais. Lisboa é hoje percepcionada por todos como uma uma cidade mais aberta, inovadora, empreendedora e criativa”.

Miguel Fontes destaca 10 conquistas da incubadora:

  1. A existência de uma comunidade empreendedora é, para o diretor da Startup Lisboa, a maior conquista dos últimos 10 anos. Se na altura não existia, hoje está cada vez mais madura e fervilhante. A incubadora promoveu uma filosofia empresarial empreendedora de entreajuda e colaboração, essencial para o desenvolvimento do ecossistema e progresso social e económico;

  2. A Startup Lisboa ajudou ao desenvolvimento das startups portuguesas, criando condições para que estas se afirmarem, nomeadamente, através de programas de mentoria e de aceleração;

  3. O país está hoje mais visível ao nível do empreendedorismo e inovação. A Startup Lisboa contribuiu de forma decisiva para aumentar a sua capacidade em atrair startups internacionais, que elegem cada vez mais a capital para criarem e desenvolverem os seus negócios, sendo fonte de atração e retenção de talento.

  4. A par do contributo decisivo para a captação de startups internacionais, a Startup Lisboa foi também central para a promoção de Lisboa como destino de projetos e de investimento por parte de grandes empresas tecnológicas internacionais, com isso gerando oportunidades de emprego qualificado;

  5. Ajudou a posicionar Portugal e Lisboa no ecossistema internacional, atraindo o maior evento de tecnologia da Europa, a Web Summit;

  6. A Startup Lisboa ganhou a confiança do município de Lisboa, tendo sido escolhida, em 2016, para pôr de pé um projeto com a dimensão do Hub Criativo do Beato, que cativou desde o início a atenção internacional. É a entidade responsável pela sua conceção, pela construção do modelo de desenvolvimento, pela promoção do projeto e, futuramente, pela sua gestão;

  7. A Startup Lisboa ganhou a confiança de grandes empresas e grupos internacionais para o lançamento de programas conjuntos de aceleração, de ‘open innovation’, hackathons e prémios de empreendedorismo;

  8. Cada vez mais investidores procuram, na cidade, startups para investir, com claro benefício para o país;

  9. É a primeira incubadora do país a ter uma casa para alojar empreendedores. A Casa Startup Lisboa veio suprir a necessidade de muitos empreendedores estrangeiros ou de fora de Lisboa, a encontrarem um espaço para viver nos seus primeiros tempos na cidade;

  10. Hoje, a Startup Lisboa tem um posicionamento central no ecossistema empreendedor português e mantém-se relevante para os seus players, agindo como motor para o empreendedorismo nacional.

Olhos postos no Futuro

A incubadora tem o compromisso firme com a promoção da diversidade onde ainda há um longo caminho a percorrer:  “A diversidade de gênero, de origem social, cultural, entre outras, tem de existir também no empreendedorismo. Parte da nossa missão passa por democratizar o acesso à atividade empreendedora” refere Miguel Fontes.

Para o futuro, pretende dar continuidade à missão de apoiar os empreendedores e as startups nos seus processos de desenvolvimento e crescimento, continuando a afirmar-se como uma entidade central no desenvolvimento do ecossistema empreendedor e de inovação.

O seu desafio mais ambicioso para os próximos anos é, seguramente, o da conclusão do projeto do Hub Criativo do Beato, onde virá a dispor de um novo espaço de incubação, de 7 mil metros quadrados. Este espaço, a nascer na Fábrica do Pão da antiga manutenção militar,  tem como objetivo poder acolher mais startups e garantir que as mesmas encontrem espaços flexíveis e ajustados às suas dinâmicas de crescimento. Paralelamente, este novo espaço contará com outras empresas, numa intenção clara de fazer crescer e promover a inovação aberta e colaborativa. 

Outro dos objetivos para os próximos anos é trabalhar de forma mais próxima e continuada com as instituições de ensino superior, de modo a promover uma cultura de empreendedorismo, motivando mais pessoas a se juntarem a este ecossistema.

O contributo para o ecossistema: 10 anos em números

  • + 4.500 candidaturas recebidas

  • + 400 startups apoiadas

  • + 340 milhões de euros em investimento angariado pelas startups

  • + 4.500 postos de trabalho criados

  • 70% das startups mantêm atividade

  • 5% das startups fizeram exits (foram compradas parcialmente ou na totalidade)

  • 25% das startups extinguiram-se

Hoje quem são?

  • 63% das equipas portuguesas; 27% das equipas estrangeiras; 10% equipas mistas

  • 19% dos fundadores são mulheres; 81% dos fundadores são homens

  • 115 mentores

  • 100 parceiros

  • 70 investidores

Prémios e projetos

  • Prémio João Vasconcelos - Empreendedor do ano: 3 edições  |142 candidaturas |3 vencedores: 

    • Daniela Braga (Defined.Ai) 

    • André Jordão (Barkyn) 

    • Joana Rafael (Sensei) 

  • 2 programas criados: 200 projetos apoiados

    • From Start-to-Table: 4 edições | 164 empreendedores | 94 projetos apoiados

    • Launch in Lisbon: 13 edições | 129 empreendedores | 100 projetos ou empresas apoiadas

  • 4 programas criados em parceria:+ 250 participantes

    • TAP Creative Launch, com a TAP

    • We/code Women Edition, com a Ironhack, a Católica Lisbon e o CTIE

    • Women4Climate Lisboa, com a Câmara Municipal de Lisboa, C40 Cities e Casa do Impacto

    • Tourism Solutions Now, com o NEST

  • 4 programas de ‘open innovation’: + 50 projetos apoiados

    • WPP Booster com o Grupo WPP

    • e-Waste Open Innovation com a LG Portugal e a ERP Portugal

    • Acelerador 5G, com a NOS e a Amazon Web Services

    • Global Sportech, com a Arena Hub

  • 2 Hackathons: + 100 participantes 

    • Mobility hackathon com a Mercedes-Benz.io 

    • Legal hackathon com a Fundação Vasco Vieira de Almeida

  • + 500 eventos nacionais e internacionais parceiros (Web Summit [Lisboa], Collision [Toronto], Sluch [Helsínquia], The Next Web [Amsterdão], JLM Ecosystem Builders [Jerusalém])

Como comunica?

  • + 8 mil subscritores da newsletter semanal

  • + 78 mil seguidores nas redes sociais (Linkedin, Instagram, Facebook, Twitter & Youtube) 

  • + 2 mil membros do grupo interno da Startup Lisboa no Facebook

  • + 53 mil mensagens trocadas no Slack


Casa Startup Lisboa

  • 67% de ocupação anual nos últimos 5 anos

  • 80% dos residentes da Casa Startup Lisboa são estrangeiros

SULx